ARQUIVO PARA CONFERÊNCIA
HISTÓRICO:
MAUÉS, foi fundada em 1798, à margem direita do Rio Maué-Açu.
Seus Fundadores:
a) LUIS PEREIRA DA CRUZ
b) JOSÉ RODRIGUES PRETO
O seu primeiro nome recebido foi LUSÉA, que provém da combinação dos nomes de seus fundadores, isto é, da primeira sílaba do nome do primeiro e da última do nome do segundo, com o acressímo de um “a”. E mais tarde o seu nome atual passou a ser de “MAUÉS”, que foi originado de dois vocábulos da língua tupi: MAU, adjetivo, que se traduz por curioso, inteligente e abelhudo; e UÉU, ave trepadora, da Costa dos Papagaios. Com estas palavras formou-se o termo MAU-UÉU, MAUUÉU, que se contraiu em MAÊ ou MAUÊ, nome tomado para designar a nação indígena que quer dizer papagaio curioso ou inteligente. O S, final da palavra, não pertence à língua e é apenas a característica do plural, no português, se referindo ao número de índios MAUÉS.
MAUÉS Cidade dos Papagaios Inteligentes ou melhor, CIDADE DOS PAPAGAIOS FALADORES.
SEUS PRIMEIROS HABITANTES – foram os índios:
Mundurucus e Maué.
Em 1896, a sede do Município foi elevada à Categoria de cidade pela Lei Estadual nº 137, de 04 de maio daquele ano.
O Município de Maués, sempre foi constituído de um só distrito e assim continua até os dias presentes.
GOVERNANTES DE MAUÉS: De sua elevação à Categoria de cidade até os nossos dias:
1. CORONEL TITO LEÃO
2. MANOEL DIAS BARROSO
3. RAIMUNDO GOMES DE ALBUQUERQUE
4. JOSÉ BATISTA MICHILES
5. HOMERO DE MIRANDA LEÃO.
6. PEDRO MANOEL DE OLIVEIRA NEGREIROS
7. CARLOS JOSÉ ESTEVES
8. ANTONIO NEGREIROS DE ALMEIDA
9. INTERVENTOR SOTERO DO LAGO MOTA
10. THEODOMIRO MUNIZ
11. CARLOS JOSÉ ESTEVES (Atual)
LOCALIZAÇÃO:
O Município de Maués está localizado na Zona Fisiográfica do Médio Amazonas e limita-se com Municípios de:
Barreirinha
Borba
Nova Olinda do Norte
Urucurituba
Estado do Pará
A sede Municipal, possui as seguintes coordenações geográficas: 23’ 3ª 32” de latitude Sul e 57º 92’ 26” de longitude, W. Gr. sua posição em relação à Capital do Estado é: distância, em linha reta, 258 km e direção – 83º 40’ S.E.
ALTITUDE:
A altitude da Sede de Maués é de 18 metros.
CLIMA:
O clima do Município de Maués é bastante quente e úmido.
VEGETAÇÃO:
Aqui temos duas regiões Fitoecológicas distintas:
a) Floresta Aberta – que aparece ocupando os relevos dissecados do Pecumbriano.
b)Floresta Densa – recobrindo os sedimentos do Terciário.
E na predominância dos Solos, nós temos:
a) Latosolo Amarelo que possui três camadas: Textuba, Média, Leve e Pesada.
b) LATAOSOLO VERMELHO Amarelo
c) Latosolo Amarelo – Húmico Antropogênico (Terra preta do índio).
ÁREA
Segundo os cálculos da Inspetoria Regional de Estatística, Maués possui 36.332 km2.
ACIDENTES GEOGRÁFICOS:
Rio Abacaxis
Rio Parauari
Rio Marau
Rio Urupadi
Lagos: Pretinho, Barreira, das Graças.
RIQUEZAS NATURAIS:
a) Flora – destacam-se pelo seu valor econômico: Guaraná, Pau-Rosa – Castanha Seringueira – Madeira – Juta.
Agricultura – Arroz, Mandioca, Banana, Fumo, Cacau
b) Fauna – Sobressaem em peixes de várias espécies como: Pirarucu, Peixe-boi, Jaraqui, Pacu, Tambaqui, Quelônios e Animais Silvestres como: Queixada, Caititus, veado e etc…
Há também Minérios no Municípios:
Gipicita
Calcário
Petróleo
Carvão de Pedra no Rio Apocuitáua.
Ouro que está sendo explorado
POPULAÇÃO:
A população do Município de Maués, segundo o Recenseamento Geral de 1.977 é 28.390 habitantes que consta das seguintes estimativas de:
Sede…………………………………………. 11.000 habitantes
Zona Rural………………………………… 17.000
ATIVIDADES ECONÔMICAS:
a) A Produção Extrativa Vegetal:
O Guaraná ………………………….. 205 toneladas
Castanha …………………………….. 208 toneladas
Essência de Pau-Rosa ………….. 4.680 kilos
Pescado ………………………………. 142.527 kilos
Farinha de Mandioca …………….. 2.000 kilos
Juta …………………………………….. 10.000 toneladas
OS MAIORES PRODUTORES DESTE MUNICÍPIO:
Magaldi Agro Comercial e Industrial Ltda.
Theodomiro Muniz
Raimundo Barroso Said – R. B. Said
Hrds. de Pedro Manoel de Oliveira Negreiros
J. P. Alves & Cia. Ltda – Maria Antonieta Magnani Alves
Otacílio Negreiros
Francisco Canindé Cavalcante
Francisco Magnani
José Nazaré Cavalcante & Filhos
Barros & Carvalho Ltda. Sílvio Aguiar de Carvalho
Edimilson Negreiros Said E. N. SAID.
Osmar Negreiros Said.
SEUS COMPRADORES SÃO:
1. O GUARANÁ:
Exporta para São Paulo, Mato Grosso, para as Firmas Cia. Antarctica Paulista, Importadora Thompson & Cia e Cervejaria Brahma.
2. CASTANHA:
embarcada para Itacoatiara Amazonas, para a Firma I. B. Sabbá & Cia Ltda.
3. JUTA:
Embarcada para Parintins-Cooperativa de Parintins.
4. ESSÊNCIA DE PAU-ROSA:
Embarcada para Manaus, para a Firma I. B. Sabbá & Cia Ltda.
A Produção Extrativa Vegetal:
Na agricultura temos mais para o seu meio de subsistência:
Arroz – (insignificante)
Mandioca – (03 toneladas)
Banana – (10.000 Cachos)
Fumo – (insignificante)
Cacau – (Várzea em extermínio em vista das grandes enchentes).
b) A Produção Extrativa Animal:
A mais importante que temos como alimentação básica, da quase totalidade dos Municípios Amazonenses é o pescado com Cr$ 73.182,00 e neste o pirarucu com Cr$ 27,00 em duas toneladas.
Em Maués, podemos considerar regularmente desenvolvida a Pecuária. E os seus principais:
Rebanhos – 50 aproximadamente por cabeça 10.000
Caprinos – Existe em pequena produção
Suínos – Existe em pequena produção
Avicultura – Em grane parte.
Segundo o Registro Industrial neste Município possui com a sua Produção mensal
03 – olarias ……………………. 74.000 milheiros
01 – serraria ……………………100 metros cúbicos
O COMÉRCIO:
O Comércio é relativamente desenvolvido. Há casas comerciais de ponderável giro comercial em relação às circunstancias locais. (Mantendo transações com as praças de Manaus, Belém e Parintins).
O Município Importa:
Estivas em geral
Tecidos
Calçados
Medicamentos
Ferragens e Miudezas
O Município Exporta:
Guaraná
Borracha
Pau-Rosa
Piracuru-Seco
E outros produtos
MEIOS DE COMUNICAÇÃO:
Agência Postal Telegráfica do D. C. T.
Sistema Telefônico Urbano e Interrurbano
Emissoras de Televisão, Repetidora da TV-Amazonas Canal 5
Estações de Rádio mais sintonizadas
RÁDIOS:
Difusora e Rio Mar do Amazonas, Rádio Rural de Santarém, Rádio Nacional de Brasília e Voz da América.
Jornais e Revistas.
ASPECTOS URBANOS:
A Cidade de Maués, apresenta agradável aspecto e boa topografia. Suas ruas são bem traçadas, retas e planas. É conhecida como a TERRA DO GUARANÁ.
Conta a Cidade de:
52 Logradouros Públicos
20 são pavimentadas
1.546 prédios existentes
274 – alvenaria
16 – Adobe
230 – Taipa
557 – Madeira
372 – Palhas
Clubes Recreativos:
05 – Clubes e Boates
Ligas Esportivas; temos: Liga Esportiva de Maués e Clubes ligados – 14.
O número de eleitores inscritos na Sede e no interior do Município são 11.628. é servida e luz elétrica e água canalizada. Sendo que a Usina Geradora CELETRAMAZON que tem a capacidade geradora é de 1.578 KVA – e o Abastecimento de água, é fornecida pelo S. A. A. E. (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), tendo Convenio com a Prefeitura Municipal de Maués e administrado pela Fundação S. E. S. P.
EDIFÍCIOS MAIS IMPORTANTES:
Matriz Nossa Senhora da Conceição
Prefeitura Municipal de Maués
Coletoria Estadual e Federal
Banco do Brasil S/A.
Banco da Amazônia S/A.
Banco do Estado do Amazonas S/A.
Mercado Público Municipal.
Hospital da SESAU
Fundação SESP
Ginásio Estadual de Maués
Colégio São Pedro
Grupo Escolar Santina Filizola
Grupo Escolar Adelaide Cabral
Grupo Escolar Clóvis Prado de Negreiros
Grupo Escolar Walton Rodrigues Bizantino
Grupo Escolar Castelo Branco
Grupo Escolar São Pedro
Câmara Municipal (9 vereadores)
FORUM
CORREIOS
TELAMAZON E TV AMAZONAS – CANAL 4
CELETRAMAZON
EMATER-AM
MAGALDI AGRO COM. IND. LTDA
COOPERATIVA AGRIC. MISTA DE MAUÉS LTDA.
SUPER MERCADO DO POVO
FERDINANDO LEITE DESIDERI & CIA
W. A. NEGREIROS LTDA (Brahma)
S. A. A. E. (Serviço Autônomo de Água e Esgoto)
Hotel Miramar
Guaraná Hotel
Restaurante Guaranápolis
Restaurante do Nipema
Restaurante Tambaqui
VEÍCULOS AUTOMOTORES QUE EXISTEM NO MUNICÍPIO:
Automóveis – 44
Caminhões – 09
Motocicletas – 103
ÓRGÃOS QUE POSSUEM AGENCIAS OU REPRESENTAÇÃO:
INAMPS
INCRA
EMATER-AM
CORREIOS E TELÉGRAFOS
FUNDAÇÃO SESP
FUNRURAL E FEBEN.
MISSÕES RELIGIOSAS QUE ATUAM NO MUNICÍPIO:
Católica
Adventista do Sétimo Dia
Batista Regular
Pentecostal Unida do Brasil
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Igreja Batista.
ASSISTÊNCIA MÉDICA SANITÁRIA:
Fundação SESP
Posto Médico em Projeto
1 Hospital – com 33 leitos de Enfermaria e 06 de Pronto-Socorro, tem Convênio com Prefeitura Municipal de Maués.
Leitos suficientes – mas recursos para sua manutenção é precária.
Possui:
03 – Médicos
01 – Enfermeira
01 – Laboratorista bioquímico
02 – Dentistas Protéticos
AS DOENÇAS DE MAIOR INCIDENCIA NESSA REGIÃO:
Verminose
Diarréia
Vômito
Desidratação
Malária
Hepatite
E para combater estas doenças, em nosso Município temos as Campanhas de Medicina Preventiva (Vacinação Pública).
ASSISTENCIA SOCIAL E COOPERATIVISMO:
Sindicato dos Trabalhadores
Colônia dos Pescadores
Cooperativismo
EDUCAÇÃO:
Atualmente em nosso Município, escolas de 1º e 2º grau (Públicas e Particulares)
No 1º Grau:
Sede – 3.615 alunos matriculados
Rural – 4.315 alunos
Total: 8.430 alunos
No 2º Grau:
240 – alunos
Professores que lecionam no Município:
Sede – 33 professores
Zona Rural – 144 (Leigos) pagos pelo Convênio SEDUC e PREFEITURA MUNICIPAL DE MAUÉS.
ALFABETIZAÇÃO:
Desde a implantação do MOBRAL já houve 5.063 pessoas alfabetizadas.
ASPECTOS CULTURAIS:
Há na cidade uma Biblioteca Pública Municipal
Cinema (1)
Livraria (1)
Estações Emissoras e Televisão
Jornais
Revistas
FESTIVIDADES RELIGIOSAS PRINCIPAIS:
Homenagem á Santa Padroeira Nossa Senhora da Conceição, em 08 de dezembro
Divino Espírito Santo em 09 de junho
Festa do Cristo Pescador em 27 a 29 de junho
Festa do Bom Jesus de 04 a 14 de outubro
Comemorações de São Sebastião em Boa Vista
Comemorações Comunitárias
FOLCLORE NÓS TEMOS:
Boi-Bumbá
Dança dos Pássaros
Dança do Gambá
Danças Indígenas
Maracatu
Carneirinho
Dança do Côco
Demonstrações Folclóricas na Comunidade;
As Festas Juninas, etc…
MONUMENTOS HISTÓRICOS:
Na praça Coronel João Verçosa, principal logradouro público da cidade de Maués, ergue-se singelo obelisco em homenagem ao Guaraná. Numa das faces do Monumento vê-se desenhada em alto relevo uma índia morta no tronco de uma árvore, e sob esta, um índio de flexa em riste.
RODOVIAS MUNICIPAIS DE 1978:
ESTRADAS EXTENSÃO PAVIMENTO
Maués-Miri 4.350 m Sim
Maués-Moraes 5.600 m Sim
Maués-Miri-Aeroporto 1.400 m Sim
Maués-Santa Tereza 1.750 m Sim
Aeroporto-Matadouro 0.500 m Não
Aeroporto-São João 2.000 m Não
Maués-Miri-Moraes 3.300 m Sim
Maués-Miri-Guaranatuba 5.250 m Não
Boa Vista Vila Manaus 3.900 m Não
Maués-Itaituba 200.000 (aprox.) Não
Ramal Adolfo Carneiro 2.185 m Não
Boa Vista Vila S. Raimundo 18.100 m Não
Bacabal 3.750 m Não
Guaranópolis 2.000 m Não
Igarapé do Palhal L. Pretinho 2.250 m Não
Boa-Vista-Massauari 17 m Não
FINANCIAMENTO MUNICIPAL DE MAUÉS – 1978:
Receita (Cr$)
Da União (arrecadada no Município) 6.474.116,76
Do Estado (arrecadado no Município) 4.448.191,32
Da Prefeitura ……………………………… 575.885, 69
Despesas Realizadas na Prefeitura de Maués: 12.203.402,67
ORÇAMENTO MUNICIPAL PARA O EXERCÍCIO DE 1979:
(Cr$)
Receita Estimada ………………………………….. 19.300,800,00
Despesa Fixada ……………………………………. 19.300,800,00
Maués (AM), 06 de fevereiro de 1979.
MAUÉS
Religião
Em 1858 a Freguesia não estava provida de Vigário e a matriz estava inutilizada, com obras para nova igreja para aproveitamento dos ornamentos.
Neste tempo, o Bispo era José, e o Cônego Joaquim Gonçalves de Azevedo, Vigário-Geral da 3ª Comarca Eclesiástica da Diocese do Pará (1857).
A Freguesia foi ainda em 1800, para N. S. da Conceição de Maués, e teve como Vigário Colado – Julião Joaquim de Abreu, pelo Dec. 20.04.1854, confirmado em 11.07.1854, empossado a 31.08.1854.
Vigário (1859) Pe. Julião Joaquim de Abreu (20.04.1854) que, achando-se no Pará, era substituído pelo Reverendo Joaquim Gomes Freire da Silva empossado a 14.02.1858, depois nomeado em 09.09.1859 confirmando em 22.02.1860 e empossado em 26.02.1860 (Colado).
O Pe. Antonio Augusto de Mattos foi visitador das escolas de Maués e outras localidades.
Índios
No rio Madeira, Maués tinha como Diretor das Índias, João Rodrigues de Medeiros com 2 igrejas, 40 fogos, 131 homens, 181 mulheres, 108 meninas e 92 meninos num total de 512, de índios Mundurucu e Macu. Em 1864 a este empo eram 38 padres, 21 igrejas, 757 fogos, 5.590 índios, 6504 índios no total de 17.385 em toda a Província sendo o 5º em população (Alto Purus, rio Branco, Uaupé e Içana, Creato).
Limites – Maués
1859
A Freguesia: Andirá ao lago Preto; Vila Bela a ilha do Franco no Paraná-mirim do Ramos; com Canumá, o lago Curupira; Silves a ilha Poruaná.
População 1860
Vila de Maués
Livres – Homens 571; Mulheres 520 – Menores 602 574 2266
Escravos
18 29 9 15 71 = 2.337
com 563 casas e 667 fogos.
Guarda Nacional 1860
1 Batalhão de Infantaria com 657 pessoas na ativa e 1 Cia. Com 121 para 778 no total.
Sendo Com. na Prov. – Ten. Cel. Manoel Thomaz Pinto.
Só Manaus era maior. Havia ainda em Tefé, Barcelos, Vila Bela, Silves.
Tudo no total de 4.104.
Educação
Escola de ensino primário para homens: Professor, Francisco Antonio Ferreira, 29.11.1849, para 40 alunos e D. Maria Adelaide de Miranda Loureiro, interina, segundo dados de 1858 que em 1860 tinha 7 alunas.
1865
Era professor Antonio José de Verçosa, do sexo masculino, para 30 alunas.
Em 1872 era Professor interino – Laura Ponce Coelho, com 7 alunos e o profº tinha abandonado a escola e sido demitido.
José Augusto da Rocha foi ali professor nomeado em 10.09.1870.
Luis Fernandes Martins (1872) nomeado em 05.11.1872, profº da 2ª classe.
1874
46 alunas na escola primária. 9 alunos.
Havia a 1º escola noturna de Maués, dirigida pelo Professor Luiz Fernandes Martins, com 28 alunas.
Em 2 em Manaus, 1 em Tabatinga, 1 em Maués, 1 em São Gabriel.
1874
Criada pela Lei nº 75, 14.12.1857, a escola feminina, professora Cândida Rolina de Albuquerque, efetiva, com 14 alunas, nomeada em 21.07.1873.
A masculina é da Lei 15. 18.11.1853, Luis F. Martins, (05.11.1872), efetivo, 60 alunos.
(Ver Lei – 82, 24.09.1858 e Dec. 2315, 11.12.1858, sobre Divisão Judiciária).
Justiça
“O juiz municipal e de órfãos, nomeado em 15.12.1854, nunca chegou à Província. (até 1859)”.
Era subdelegado de Polícia – Henrique José Afonso Juiz da Paz – Antonio Luiz de Farias.
Juiz de Direito – Candido Gil Castelo Branco (dr.)
Juiz Municipal – Cláudio José dos Santos (dr.)
João José Dias
Delegado – Francisco Antonio Ferreira
1858 – reforma da cadeia (Lei 94, 10.11.1858).
Manoel Caetano Prestes (Juiz substituto) Joaquim Cavalcante Falcão Barahuma substituto do Juiz Municipal (1860)
João José Dias, João Lucas da Cruz e Francisco Pedro de Souza era substituto de Subdelegado e Juiz de Paz.
Em 1868/69 a cadeia de Maués, fora a da capital “a única que pode merecer esse nome: está convenientemente dividida, em 4 prisões separadas, além do espaço reservado por corpo de guarda; é ladrilhada em todos os compartimentos está limpa e arejada. Também é próprio municipal. Foram 15 os presos do último ano”.
Eram 17 cadeias ao todo.
Foi da Câmara de Parintins com Termo de Maués com 3 Distritos.
Educação
Em Maués foi criada a 1º escola particular em
Para o sexo masculino, professor Francisco Urbano Moreira Montenegro. Eram só 4 em toda a Província, depois 1 em Ita e 1 em Maués.
1876
2 escolas, 43 H e 28 F.
Navegação
A navegação a vapor havia sido retirada por ordem do Presidente, mereceu movimento popular em 11.10.
A cia topava mais queria mais 6 contos de reis, e deveria ser mensal.
A antiga Cia Fluvial do Alto-Amazonas cobrava 24 contos para 6 viagens por ano.
Justificava “Aquele rico e importante município, onde a agricultura se vai desenvolvendo e promete elevar-se, é digno da vossa solicitude.
22.05.1950 – D. A. Guadencio Ramos ________ em Maués a Casa Paroquial.
25.05 – Benção da 1ª pedra do Educandário de Maués.
Maués – 1852 (agosto) Matriz inutilizada com edificação de nova.
Pelo oficio 17.03.1857, José Bispo e J. Gonçalves de Azevedo Vigário Geral da 3ª Câmara Eclesiástica da Diocese inclui Maués como Freguesia entre as 22 da Província (Bispado do Pará).
Joaquim Gomes Freire da Silva, Pe tomou posse na Freguesia a 14.02.1800.
Vigário Joaquim Julião de Abreu – 1800 anos da criação da Paróquia.
Em 1 de julho de1858 foi ________ a primeira cadeira de ensino para o sexo feminino em Maués. Em 16.08.1858 – Francisco Antonio Ferreira na titular da cadeira de ensino formulada em 29.11.1849, para 40 alunos (sexo masculino).
População 1861
Província
Livres
Homens – 12851
Mulheres – 11.707
Menores – 11.647/8.957
Escravos – 292 273 249/212
Casas – 6.167
Fogos – 6.600
45.161
1.026
46.187
Maués
Livres
Homens – 571
Mulheres – 520
Menores
601/574 – 2.266
Escravos
18 29 915 – 71 = 2.337
Casas – 563
Fogos – 667
Sem índios
Em 1877 tinha 80 escravos, enquanto a capital tinha 684, Vila Bela, 117, Ita – 100, Codajas 82, os outros tinham menos. O total era de 1.199.
Dados em 24.04.1877.
MAUÉS
O RIO
Conhecido também como rio Preto, o rio Maué-Assur é o mais importante do Município e desaguando no Paraná do Urariá, banha a sede municipal, localizada na sua margem direita. O rio Maué-Assur forma-se pelos rios Parauari e Urupadi, em local que se denomina de Repartimento, e são seus afluentes importantes os rios Amaná e Pacu (já na zona considerada encachoeirada) e o Miriti.
Próximo a cidade, forma um vastíssimo e profundo lago, com ilhas consideráveis que no verão se constituem em belíssimas praias, objeto de deleite e interesse turístico para o lugar.
Estudado pelo britânico William Chandlesse em período de 1865-1866, mereceu daquele geógrafo descrição correta e identificação de seus 540 metros de largura na foz. Surge ao norte dos campos do Madeira e a partir daí recebe volume de água respeitável, de rios e lagos que contornam a região. Constituído de três lanços, devidamente identificados pela pesquisa dor referido, apresenta grandes estirões e largura proporcional de duas ou mais milhas, sem ilhas e com pouca corrente, na região a que se chama de ilhas, em labirinto que altera a organização do canal, com margens que se mesclam entre firme e igapó, de formação intermediária, sem características firmes de várzea; no terceiro lanço é estreito, com canal bem definido e corrente regular. Sabe-se, por exemplo, que o seu afluente Guaranatuba, há poucas milhas da sede da Cidade, tem tanta largura e profundidade quanto o principal, pois que recebe o contigente caudal de dois outros rios, o Miriti e o Caranaí, além dos conhecidos ribeirões de Limão e Perquinho.
O rio Maué-mirim, correndo pelo lado oriental do principal, constituem-se com águas de seu afluente principal o Pena Paraná, nascido, o primeiro, nos campos do Madeira e desaguando no Paraná do Ramos, transitável desde as cabeceiras do Perquenha.
O rio Parauari, significativo tributário do Maué-Assur, pesquisado pelo geólogo Gonzaga de Campos, sofreu já em 1917 a primeira pesquisa de solo de carvão de pedra no vale do Amazonas, mas precisamente na região da aldeia de Campinas, região de índios Mundurucus. Neste rio, identifica-se as rochas de folheios, calcários e arenitos e o da “Pedra do Barco” referido por Chandless, que forma uma gruta de duas braças de fundo horizontal e oito ou dez de cumprimento sobre a água e tem pedra, se vista de longe, assim como a “Casa de Pedra” é também curiosidade local, mas de fins científicos pela conformação calcária em forma de um telhado inclinado sobre o rio.
Encachoeirado, o Parauari tem em “Cabela de Anta” uma das suas corredeiras mais impetuosas, e cachoeiras como Tambor, Patauá, Pacoatá, Jutaí e Pajurá. O de mais incidência do fenômeno natural – cachoeira, é o trecho entre a queda do Pajurá e o salto Apui-Grande, onde se localizam as cachoeiras do Apuizinho, Velha Torta, Igarapeçãooera, Xiru, Comanda, Miriti, Genipapo e Iteira.
Outros rios podem ser identificados na região. O Amaná, explorado em torno de 1920 pelo Dr. Paulino F. de Carvalho, a serviço do Governo brasileiro, pelo então Ministério da Agricultura, Industria e Comercio, no que aflui pela margem do Parauari, em direção SE, entre este e o rio Urupadi. Rico em calcário. O rio Andirá com seus 257 quilômetros de curso, significando em língua geral – morcego, recolhe em sua região grande quantidade deste animal e em suas barrancas está, em abundância, excelente argila vermelha de giz, também chamado de tabatinga branca. O rio Uaicurapá, levando águas para o Paraná do Ramos, recebeu, á sua entrada, no sítio Tauaquera, a edificação de um convento pelos jesuítas e ainda hoje, é objeto de curiosidade popular na busca de um possível tesouro ali enterrado pelos padres. O rio Limão, um dos tributários do rio Maué, á através dele que, por três ou quatro horas, chega-se ao Igarapé da Terra Preta, segundo informações antigas do Cônego Bernardino.
Lei nº 137 de 4 de maio de 1896.
Eleva á categoria de cidade, com as mesmas denominações, as vila de Maués e Manicoré.
Eduardo Gonçalves Ribeiro, Bacharel em Matemática e Ciências Físicas, capitão do faço Estado-Maior de 1ª classe e Governador do Estado do Amazonas.
Faço saber a todos os seus habitantes que o Congresso dos Representantes do Estado do Amazonas, decretou e eu sancionei a seguinte Lei:
Art. 1º Ficam elevadas a categoria de cidade, com os nomes de cidade de Maués e cidade de Manicoré, e com os mesmos limites que tem, as vilas da Conceição, de Maués e Manicoré.
Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.
Mando, portanto, a todas autoridades a quem o conhecimento e execução da presente Lei pertencer, que a cumpram e façam cumpri-la fielmente.
O secretário do Estado a mande imprimir, publicar o ocorrer.
Palácio do Governo do Estado do Amazonas
Manaus, 4 de maio de 1896.
Eduardo Gonçalves Ribeiro.
Pedro Freire
Publicada a presente Lei nesta secretária do Governo do Estado do Amazonas, aos quatro dias do mês de maio de mil oitocentos e noventa e seis.
Pedro Freire.
A Lei nº 100 8.07.1860 autorizou empréstimo de Maués à Província, mandada pagar pelas Leis de 21.06.1862 e 30.05.1863, pagos pela Port. de 01.08.1864.
Pagar sem juros.
Quem foi José Bernardo Michiles (5º vice da Província) Presidente com relatório em 25.09.1867.
Presidente de 25.9 a 25.11. de 1867.
Exportação 1859
Borracha, Breo, cacau, café, castanha, couro de boi, estopa, guaraná, manteiga de tartaruga, óleo de copaíba, pirarucu, tabaco.
Por ordem: Pirarucu – 3º
Borracha – 3º
Tabaco – 3º da Província
Copaíba – 2º
Café – 1º
Guaraná – 1º
1862 – Do total de 693:515$464 foi de Maués sendo a 5ª de toda a Província.
A maior foi Borba – 215:731$350.
Dom Alberto Gaudêncio Ramos – Carta para Belém e APA – cad. 12
Achiles Bevilaqua – Caixa Ec. Federal – Consultor no Rio. Pediu da Academia Ceares – Ver. vol. 26, 1954. Biblioteca Pública – ver Dic. Literário Brasileiro de Raimundo de Menezes.
Almino (pediu do Arlindo)
Carta: Universidade do Brasil, turma 1955 – Alexandre Alberto de Alencar.
Aristides Gonçalves Leite (ver ficha na Polícia Militar, como Coronel)
Bruno de Menezes: Carta para Ilhéus – Academia de Letras de Ilhéus sobre concurso Medalha Chaves de Ouro (1960) quando ele venceu e para Rotary Club de Belém sobre concurso – 40 anos de poesia que ele venceu.
Arnaldo Affonso Rebelo – Carta para Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil é Conservatório Brasileiro de Música.
Alberto de Rezende Rocha – Carta para FGV, com professor do curso de administração. E Arthur Reis.
(falar com Mariza – ISAE/FGV)
M. Marinha – Carta
Álvaro de Rezende Rocha – (16.12.1916) formado na Escola Naval, foi capitão de Fragata.
Augusto de Rezende Rocha – Carta para DASP, Escola do Estado – Morais do Exército.
Carta para Câmara dos Deputados:
Aristides Rocha (1921)
Senador (1933-30)
Alfredo Sá – (Faculdade Direito de Minas (turma de 1901)).
Senador – Vice Presidente de Minas (1936/30)
Prefeitura de Theofilo Otoni (1940-45)
Câmara Federal – Dep. 1946
Carta para Ministério do Trabalho – ver registro do chefe de gabinete do Ministro – Francisco Vieira de Alencar e Banco do Brasil.
Carta:
Para Faculdade Nacional de Direito – Hugo Ribeiro Carneiro – turma de 1911 e Câmara Federal – 1946 –
JUCEA – dados sobre Lúcio Fonte de Rezende – Consultor Jurídico.
Faculdade de Medicina da Bahia – João de Brito Albuquerque Veiga Filho – turma de 1939 – Câmara Federal – ( – )
Câmara Federal – Manoel José Machado Barbosa – 1955-58
Câmara – Paulo de Menezes Bentes
– Amazonas ( – )
– Pará ( – )
Para Biblioteca do Pará – artigos de Alcides Bahia nos jornais: República, Notícias (1902-1904) O Patriota 1903.
Genésio Cavalcante, redator de “O Estado do Pará” (1937).
Para Ministério Público em Fortaleza sobre:
Gilberto Ribeiro Sabóia – Promotor de Iguater e Fortaleza; juiz de Direito em Baturité Pontes de 1900.
Instituto Histórico do Piauí.
Dados sobre: Francisco José Furtado, Simplicio Coelho de Rezende (Piracuruca – 1841) Agesilau Pereira da Silva (Valença – 1864)
Thaumaturgo Sotero Vaz
Gregório Taumaturgo de Azevedo (Barras – 1853)
César do Rego Monteiro (União – 1863)
Astrolábio Passos – Jeromenha – 1864
João Lúcio de Miranda Barbosa – Marvão – 1870
Manoel Fernandes de Sá Antunes
Jonas da Silva
Pedro Pereira da Silva
Analio de Rezende
Simplicio Coelho de Melo Rezende.
Pe. João Batista José Paul, morre em Maués, 28.12.1886
06.11.1858 – Lei que reconhece as freguesias
A Aldeia Paricatuba, localizada à margem esquerda do rio Guaranatuba afluente direto do Maué-Assu, em torno de 10 léguas da Vila de Maués, por volta do ano de 1858, estava uma Aldeia de índios Maués, com 22 casa de palha, mal acabadas e uma capela de 107 palmos por 40 palmos, com altar mor. Em posição vistosa, porém insalubre, estava já em decadência. Era líder do lugar Ezequiel Antonio Francisco, mas a grande massa de índios só ia receber do vigário de Maués, então Frei João de Santa Cruz, os ofícios religiosos. Dois sinos compunham a igreja do lugarejo sendo um de 58 libras e outro de 26 libras, comprados em Belém mediante quota do povo do local. Apenas cerca de 8 pessoas moravam permanentemente na sede da aldeia, os demais estavam espalhados nos sítios de plantio de guaraná nas redondezas.
Eram então cerca de 50 sítios que em alguns do quais eram recolhidos aproximadamente 50 arrobas de guaraná, por ano, vendidas aos Regatões. A Capela, em excelente madeira. A margem direita do rio estavam 25 sítios, na esquerda 17, no rio Meriti 7 e no rio Amajuru j, reunindo ao todo aproximadamente 300 habitantes. Os Mundurucus que estavam aldeados mais adiante, em Mucajatuba, eram já mais industriosos dos que os Maués e eram ao mesmo tempo, por cerca de 600.
Em abril de 1859 era Juiz de Direito nomeado para Maués o Dr. Candido Gil Castelo Branco, substituído interinamente por Francisco Antonio Ferreira, Juiz Municipal Dr. Cláudio José dos Santos, e interino João José Dias também Delegado Francisco Antonio Ferreira, sub delegado Henrique José Afonso e Juiz de Paz Antonio Luis de Faria.
Em 1860 era o seguinte o quadro de autoridades de Maués: Manoel Caetano Prestes, substituto de Juiz Municipal, substituto do Juiz Municipal e Órfãos Joaquim Cavalcanti. Falcão Barahuna, João Lucas da Cruz, subdelegado, Francisco Pedro de Souza substituto do Juiz de Paz.
Pela Lei de nº 78 de 2 de janeiro de 1858 e Lei 92 de 6 de novembro do mesmo ano, o Vice-Presidente da Província fixou os limites da Comarcas Termos e Freguesias da Província, ficado assim especificado o caso de Maués: “A Freguesia de Maués terá por limite com a do Andirá o lago Preto; com a de Vila Bela a ilha de Franco do Paraná-mirim do Ramos; com Canumá o lago Curupira; coma de Silves a ilha Pomaná. “Estabelecido em 25 de outubro de 1859, pela Portaria 152-A.
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