O filho primogênito do duque de Nemours, nasceu em 28 de abril de 1842, no castelo Neuilly-sur-Seine, residência tradicional, sendo nominado de Luis Felipe Maria Fernando Gastão d’ Orleans, saindo depois da França para a Espanha onde cursou a escola de Segocia. Em agosto de 1864 veio para o Brasil ao encontro do tio Joinville, acompanhado do primo-germano Augusto de Saxe. Ambos casaram-se em fins de 1864 com as filhas do Imperador brasileiro.
Manteve-se recolhido de convivência social, e nem maçom desejou ser, mesmo quando convidado pelo visconde do Rio Branco, mas, ao mesmo tempo, jamais foi bem recebido pelo povo brasileiro, como assinala Câmara Cascudo. Foi o comandante em chefe das forças brasileiras na guerra do Paraguai. Diz-se ter sido abolicionista, o único, originalmente libertário na Família Imperial, embora quando de seu casamento o Imperador tenha libertado todos os escravos que estavam a serviço da Princesa Isabel.
Realizou uma viagem de reconhecimento pelo Brasil, e posivelmente de propaganda do que poderia ter sido o 3º Impoério do Brasil, e nesta condição chegou a Manaus, pouco tempo antes da proclamação da República, já no ano de 1889.Para recepecioná-lo, conforme as regras oficiais de então, a Câmara Municipal de Manaus fez publicar aviso convite nos jornais da cidade, conforme se vê abaixo:
Conde d’Eu
“Devendo chegar a esta capital no próximo vapor brasileiro, esperando a 30 deste mês, S. A. Imperial o Sr. Conde D’Eu, a cm convida a todos os srs. chefes de repartições públicas civis e militares, seus empregados, com. superiores e dos batalhões da guarda nacional, seus oficiais e mais funcionários Públicos, os srs. comerciantes desta praça e a todos os cidadãos aqui residentes ____ e estejam, afim de receberem a S. A. Imperial no seu desembargue.
Paço da Câmara Municipal de Manaus, 25 de junho de 1889.
Manuel Cavalcante de Araújo – Vice-Presidente.
João Manoel de Souza Coelho – Secretário interino.