Nasceu em Olinda a 4 de maio de 1816, filho de Pantaleão Ferreira dos Santos e Agatha Joaquina de Saldanha. Formou-se em Direito em Olinda, em 1836, seguindo depois para o Ceará onde viveu doze anos, sendo promotor público, professor de geometria, secretário do governo, deputado provincial e em 1848 eleito deputado geral e integrante da lista tríplice para senador do Império, pela Província do Ceará.
Depois passou a residir na corte, onde foi advogado jornalista, especialmente no jornal Diário do Rio de Janeiro. Foi reeleito deputado geral em duas legislaturas 1861 e 1866, para na seguinte ser eleito por Pernambuco, sendo também apresentado como candidato a senador. Em 1868 foi escolhido senador pelo Ceará mas teve a eleição anulada. Afastou-se da política por algum tempo mas retornou na 17a. legislatura, sendo eleito deputado geral pelo Amazonas. Chegou também a ser senador da República pela capital federal. Foi presidente das províncias de Minas Gerais e São Paulo e grão mestre da Maçonaria, condição em que enfrentou a conhecida questão religiosa com os bispos do Pará e de Olinda.
Foi advogado, membro do Conselho de Estado do Império e do Instituto dos Advogados do
Brasil, do qual foi presidente.
Foi um dos autores da primeira Constituição da República do Brasil.
Escreveu: O Rio e o Partido Liberal, Rio de Janeiro, 1885; A Monarquia e a política do rei, Rio de Janeiro, 1885; A Igreja e O Estado, Rio de Janeiro, 1873 a 1876, 4 volumes; Os atos do papado, 1874; Decadência do Papado, 1874; Propaganda Episcopal, 1874; O assalto de Macapá e o ultramontanismo, 1874; O Governo e os Bispos, 1874, O confissionário, 1874; O arcebispo da Bahia, 1874; Missão Penedo, Estado da questão religiosa, 1874; Julgamento do bispo de Pernambuco, 1874; A execução da sentença do bispo de Olinda, 1874; A declaração do senador conselheiro Zacarias de Vasconcelos, 1874; Manifesto aos maçons, 1874; Discurso em 24 de fevereiro de 1864, 1865; Discurso em 14 de agosto de 1865, 1865; Discursos de 26 de março e 2 de abril de 1870; 1870; Discurso em 27 de abril de1872; 1872; Discurso em 20 de maio de 1876; A questão da Alfândega e o dr Joaquim Saldanha Marinho, 1862; A mesa da diretoria do Partido Liberal de Pernambuco e o dr Joaquim Saldanha Marinho, 1870; A questão religiosa no Brasil, discurso na Câmara dos Deputados em 16 de junho de 1880, 1880; Discursos e projetos à Câmara dos Deputados, 1879; Debates em sessão do Juri na cidade de Vallença, 27 de novembro de 1859, 1859; Ao público em geral e aos tribunais militares em particular, 1863; Direito Comercial, 1869; Defesa do marechal de campo José Maria da Silva Bittencourt 1862; Defesa dos banqueiros Gomes & Filhos, 1865; Razões de apelação no Tribunal de Comércio, 1868; Razões de Apelação no juízo municipal, 1868; Razões em favor de Adelino Pereira Lobo, 1869; Razões Finais, 1869; Razões de Apelação, 1870; Razões Finais 1870; Representação a diretoria do Banco do Brasil, 1869; Apelação Cível na Paraíba do Sul, 1872; Apelação n 2535, 1879; Filiação natural e petição de herança, 1872; Recurso ao Conselho de Estado, 1880; Questão de privilégios, 1883; Relatório ao vice-presidente da província de Minas Gerais, em 30 de julho de 1867; Relatório a Assembléia Legislativa Provincial de São Paulo, 1868; Relatório ao vice -presidente da Província de São Paulo, 1868.
Faleceu no Rio de Janeiro em 27 de maio de 1895
Seu filho Joaquim de Saldanha Marinho, formado em Matemática, exerceu várias comissões de engenharia e também escreveu alguns estudos sobre sua área de trabalho.
« Back to Glossary Index