Nasceu no Maranhão a 19 ou 16 de setembro de 1876 (1869) ou (1876), era o filho mais velho do postalista e jornalista Mariano César de Miranda Leda, também nascido no Maranhão e que deslocou-se para Manaus quase que em condições de exílio, obrigado por questões políticas sucedidas em sua terra.
Foi jornalista desde a juventude, tendo sido gerente e colaborador do Jornal do Comércio e de O Jornal, de Manaus, Diretor da Imprensa Oficial do Estado, Diretor da Secretaria do Congresso Legislativo do Estado e Provedor da Santa Casa de Misericórdia.
Escreveu: Da Psicologia do Pe. Vieira, conferência, 1927; Vocabulário de Ruy Barbosa,1924; Os Áureos Filões de Camilo,1924; Nossa Língua e seus Soberanos, 1928; A Chimera da Língua Brasileira, 1939.
Deixou a tese Da Exação dos Fatos Históricos, com a qual concorreu à cátedra de História do Brasil da então Escola Normal, depois Instituto de Educação do Amazonas.
Escreveu largamente na imprensa, com destaque pode-se registrar: Questões Idiomáticas, Amazônida; Supremacia do muque, Revista da Academia, n 1, julho, 1920; A casa de Marilia, Diário Oficial do Estado, 7 de setembro de 1922; Uma francesa tolenda, Redempção, nov., 1924; A ortografia de Ruy Barbosa, Redempção, fev.,1925; Lenda e História, Redempção, maio, 1925; A linguagem dos nossos índios e a etnologia de “caboclo”, Victória-Régia, 1932; Os pecados da Constituição, Jornal do Comércio, mar.,1934; Questões Idiomáticas, Amazônida, nov., 1941; Casticidade Idiomática, Revista da Academia, 1946.Do Parlamento ao Mosteiro, Revista Ca e Lá, agosto de 1917; Sem Trono e sem Deus, Revista Cá e Lá, maio de 1917; Subversão Ortográfica, O Jornal, 1948; Poesia, história, filologia, O Jornal, 1948, A condenação de Tojo, O Jornal, 1948, Ajuricaba,( a respeito do livro de Hugo Bellard) O Jornal, 1948.
Publicou ainda na Revista da Academia Amazonense, “ Nos Arquivos de João Leda” discurso a Sadoc Pereira, em dezembro de 1955, e sob o mesmo título, A Cadeira 29, tratando da posse de Castro Monte, na revista de março de 1956, para no número seguinte, em agosto do mesmo ano, dar a público a sua Síntese das Atividades da Academia Amazonense de Letras, referente ao ano de 1952, tempo da presidência de Pericles Moraes.
Foi Sócio Correspondente da Academia Brasileira de Filosofia, eleito em 26 de agosto de 1944 e membro da Academia Paraense de Letras, tempo em que mereceu estudo literário da lavra do acadêmico Moacyr Rosas para registrar a posse na Academia paraense,
“João Leda faz recordar um espelho mágico, onde se refletem, conjuntamente, um embrumado destino, um sabor admirável e uma luta intermitente. Um destino sempre em conflito com as adversidades que o acompanharam desde os primeiros anos de existência, como ele próprio assinalou…”
Certa ocasião, ao polemizar pela imprensa com Adriano Jorge que era impulsivo, viu-se ameaçado de um combate em luta corporal, ânimo contido pela interferência de Pericles Moraes.
Seu principal biógrafo foi o Acadêmico João Chrysóstomo de Oliveira, especialmente na obra João Leda – o Faiscador do Vernáculo (1952), que me chegou ás mãos em exemplar prêmio, conferido pelo autor quando do professor de Língua Portuguesa do Instituto de Educação do Amazonas e ousei vencer o primeiro concurso de oratória que disputei, promovido pela diretoria do colégio, em 1960.
Foi fundador da Academia, em 1918, na Poltrona de José do Patrocínio, depois João Leda, sendo sucedido por João Chrysóstomo de Oliveira.
Dele afirma José dos Santos Lins em sua Seleta Literária do Amazonas publicada ao tempo do governo do professor Arthur Cézar Ferreira Reis,
“…. homem simples, despido do manto com que muitos pseudo-literatos se acobertam, faleceu com o mesmo humilde padrão de vida da época em que aqui chegou….”
Foi presidente da Academia, inicialmente por dez meses, em razão de ausência do titular, o acadêmico Pericles Moraes. Cioso de suas obrigações, em discurso de boas-vindas apresentou relatório ao titular quando de seu retorno a Manaus e transferência do cargo que se deu em sessão plenária da instituição. Sob sua presidência empossaram-se os acadêmicos Genesino Braga, Castro Monte, Sadoc Pereira, Mitridates Corrêa; realizou-se série de conferências com os acadêmicos Mendonça de Souza, André Araújo, Mavignier de Castro, Mário Ypiranga Monteiro, Djalma Batista e Arthur Virgílio. Presidiu sessão especial de homenagem a Álvaro Maia, da qual foi orador Pe. Nonato Pinheiro, quando da escolha daquele ilustre escritor para a Comissão da Câmara Interamericana dos planos de segurança das Américas.
Faleceu em Manaus a 1º de março de 1955.
ARQUIVO NOVO PARA CONFERÊNCIA
JOÃO LEDA
ROBÉRIO BRAGA
Nasceu no Maranhão a 19 de setembro de 1869 e faleceu em Manaus a 1 de março de 1955. jornalista e cultor das letras, apreciou, estudou e divulgou a vida e a obra de Rui Barbosa. É o autor de “Quimera da Língua Portuguesa”, Áureos Filões de Camilo e Vocabulário de Rui Barbosa. Seu melhor biografo e estudioso é o Professor João Crysothomo de Oliveira que ocupa a poltrona que nomina na Academia Amazonense de Letras. Espírito faiscante de saber, deixou importantes artigos na imprensa.
Jornalista desde a juventude, foi Redator da Assembléia Legislativa, Diretor da Secretaria, Diretor da Imprensa Oficial e Provedor da Santa Casa de Misericórdia.
Autor de Vocabulário de Ruy Barbosa”, editado em 1923, São Paulo, Os Áureos Filões de Camilo, em Manaus, 1924, Nossa Língua e seus soberanos, em Manaus 1928, A Quimera da Língua Portuguesa, em Manaus, 1939 deixou a Tese “Da Exação dos Fatos Históricos”, com que diptou Cátedra no atual Instituto de Educação do Amazonas, tem sua obra estudada detidamente pelo Professor João Crysósthomo de Oliveira, em alentado volume.
Recebeu também apreciação de Moacir Rosas, quando este assumiu na Academia Paraense de Letras.
Foi sócio correspondente da Academia Brasileira de filosofia, eleito em 26 de agosto de 1944.
Na Academia foi fundador da cadeira patrocinada por José do Patrocínio, depois João Leda, ocupada pelo professor João Chrysóstomo de Oliveira.
Autor de:
Questões idiomática
Amazonida, julho.
Supremacia do Muque
Revista da Academia Amazonense de Letras, ano 1, nº 1, julho, 1920.
A casa de Marília
DOE, edição especial, 7 de setembro de 1922, Manaus.
A Quimera da Língua Brasileira
Vocabulário de Castilho (inédito)
Uma Francesa Tolanda
Redempção, nº 1, novembro, 1924.
A ortografia de Ruy Barbosa
Redempção, maio, 1925.
Lenda e História
Redempção, outubro, 1925.
Futurismo
Redempção, outubro, 1925.
A ortografia de Rui Barbosa
Equador, outubro, 1929, Manaus, páginas 92-105.
A linguagem dos nossos índios e a etnologia de “caboclo”
Victória-régia, Manaus, 1932, ano 1, nº 4.
Os pecados da Constituição
Jornal do Comércio, Manaus, ano XXI, nº 10.210, Domingo, 18 de março de 1934.
Questões Idiomáticas
Amazonida, 2ª fase, novembro, 1941, ano 6, nº 57.
Casticidade idiomática
Revista da Academia Amazonense de Letras, 1946.
Nos arquivos de João Leda (discurso a Sadoc Pereira) Revista da Academia Amazonense de Letras, nº 4, dezembro, 1955.
Nos arquivos de João Leda
A cadeira 29 (Sobre a posse de Castro Monte) Revista da Academia Amazonense de Letras, nº 5, março, 1956.
Síntese das atividades da Academia Amazonense de Letras (1952)
(Presidência de Prudente de Moraes)
Revista da Academia Amazonense de Letras, nº 6, agosto, 1956.
« Back to Glossary Index