Arquivo para conferência
ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DO AMAZONAS
HISTÓRICO
O governo federal, dando cumprimento ao Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909, que mandava instalar uma escola profissional em cada capital de estado, inaugurava, a 1º de outubro de 1910 em Manaus, a Escola de Aprendizes Artífices do Amazonas. No inicio contava ela, apenas, com os cursos primário e de desenho e as oficinas de alfaiataria e mercearia, onde se alojavam seus 33 alunos matriculados naquele ano. Estávamos então no governo de Nilo Peçanha.
Para tornar possível a instalação da Escola, o governo estadual cedeu ao federal um prédio, construído para moradia particular, situado distante da cidade e em lugar insalubre. O prédio não servia de nenhuma maneira ao fim a que o destinaram, mas, como não havia outro recurso, a ESCOLA DE APRENDIZES ARTÍFICES aí funcionou até janeiro de 1917, quando o Governo do Amazonas, a título precário, emprestava à União o edifício em que funcionara até então a Penitenciária do Estado. A finalidade para que haviam construído o prédio, exigira a colocação de grandes em portas e janelas, a existência de células e de longos corredores sombrios, que tornavam o ambiente muito pouco favorável ao processamento da vida escolar nos moldes modernos. Assim mesmo contra indicado achou o governo estadual de reclamá-lo, a fim de, novamente, instalar nele a Penitenciária. E a Escola foi removida para um barracão, onde estivera e está instalado um mercado do bairro da Cachoeirinha, construído pela Municipalidade para atender aos reclamos dos moradores da região. Durou anos naquele local e o seu mais destacado aluno foi o saudoso educador Pedro Silvestre da Silva. Em 1942, quando era Ministro da Educação e Saúde, o sr. Gustavo Capanema, foi construído um prédio na então praça Barão do Rio Branco, no quarteirão compreendido entre a av. Sete de Setembro e as ruas Duque de Caxias, Ajuricaba e Visconde de Porto Alegre. Na nova casa teve o primeiro nome de LICEU INDÚSTRIA DE MANASU, passando logo para ESCOLA TÉCNICA DE MANAUS, mudando o nome mais uma vez há poucos anos para ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DO AMAZONAS. Ocorria assim sua última mudança e, desta vez, para sua sede definitiva, um novo e grandioso edifício que ainda hoje continua a ser ampliado e beneficiado com novas instalações.
Seus diretores, em ordem de sucessão, foram: Saturnino Santa Cruz de Oliveira, Generino Maciel, Esmeraldo Américo Coelho, Tebireça de Oliveira, Antonio Carlos de Melo Barreto, Paulo Sarmento, Hildemar Paes Barbosa, Silvio de Menezes e Dário Faria Lima, antes da autonomia da Escola.
A ESCOLA DE APRENDIZES ARTÍFICES, depois de promulgada a Lei Orgânica do Ensino Industrial, passava, pelo Decreto 4.127, de 25 de fevereiro de 1942, a chamar-se ESCOLA TÉCNICA DE MANAUS, subordinando-se ao plano pedagógico que aquela Lei Orgânica introduzira.
A Lei Federal nº 3.552, de 16 de fevereiro de 1959, que deu autonomia as escolas industriais e técnicas do Ministério da Educação e Cultura, criou em cada uma delas um CONSELHO DE REPRESENTANTES. Na Escola Técnica de Manaus, o primeiro que constituiu foi presidido pelo prof. José Dias Barbosa, sendo na mesma ocasião nomeado diretor da casa o Dr. Waldir Garcia.
Hoje, a ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DO AMAZONAS conta com cerca de 2.500 alunos e, mantém os cursos técnicos de Estradas, Edificações, Eletrotécnicas, Eletrônica, Mecânca, Saneamento e Química, todos em nível equivalente ao clássico e científico, além de manter em convênio com o Governo Estadual o Plano de Intercomplementaridade, que oferece aos alunos da rede escolar estadual oportunidade de complementação de seus estudos na área profissionalizante.
Muitos foram os educadores que contribuíram para o desenvolvimento e modernização da Escola. Seus diretores, homens dedicados ao ensino técnico-industrial de nossa terra e á formação de técnicos para o Amazonas, não serão esquecidos pelas gerações que se sucedem nesta casa. São eles por ordem de sucessão, dando continuidade à relação já mencionada em parágrafo anterior: Waldir Garcia, Guilherme Pinto Nery, Oyama César Ituassu da Silva, Dário Vizeu, José Ribamar Costa, José Roberto de Melo Barreto, Lupercino de Sá Nogueira Filho, João de Pinho Pessoa Neto e Jorge Humberto Barreto, atual diretor.
Bibliografia:
HISTÓRICO DO ENSINO INDUSTRIAL DO BRASIL
Celso Sckow da Fonseca
2º volume
Rio de Janeiro/1962
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