Pouco se tem falado nos últimos anos da visitação cientifica dos suíços no interior amazônico. Pelas bandas paraenses esteve o missionário suíço Jodocus Perret, chamado entre os brasileiros de Peres, e que nascera em Friburgo em 1633 e veio a falecer em Belém do Pará em 1707. Era professor de filosofia na Universidade de Munique e de Dillingen, na Baviera. Foi transferido para o Maranhão chegando a fundar a primeira estação missionária na embocadura do rio Amazonas, a de Jaboaquara. Depois foi professor, diretor e reitor dos colégios humanistas jesuíticos de São Luis e Belém, avançando pelo rio madeira, rio Negro e toda a região do Amapá.
Na região conhecida como baixo Amazonas foram muitos os soldados que ali se localizaram, muitos mercenários estrangeiros, entre eles vários suíços, na época pombalina, que estão referenciados na ora de Carlos H.- Deutsche Kolonisten z. Z. Pombals im Amazonas-Tal, manuscrito ( Colonos alemães ao tempo de Pombal no vale do Amazonas).
Andréas Goeldi dirigiu no Pará, no primeiro decênio do século XX, uma estação experimental em Igarapé-Açu.
Destaque especial cabe aos que edificaram a maior obra cientifica a respeito do Brasil, que é a Flora Brasiliensis, com 40 tomos, dirigida pelo cientista alemão Carlos Filipe von Martius e entre seus 6 colaboradores botânicos, pode-se constatar a existência de cinco pesquisadores suíços.. Louis Agassiz- Jean Luis Adolphe Agassiz, merecendo financiamento do norte-americano Thayer, com sua esposa e mais seis pesquisadores, palmilhou parte do Brasil nos anos de 1865 e 1866, acompanhados do desenhista Jacques Burckhardt que fez mais de 200 laminas de aquarelas de peixes brasileiros.
Agassiz era de Montier, cantão de Friburgo, e naturalizado americano. Estudara em Zurique, Heildelberg, Erlangen e Munique, conhecendo ciências naturais, medicina e filosofia, com estudos acadêmicos. Professor de historia natural em Neuchâtel, na Suiça, e depois zoologia comparada de Havard, em Cambridge, perto de Boston, nos Estados Unidos da América do Norte.
Contrario ao darwinismo, viajou todo o rio Amazonas até os limites do Brasil. Escreveu A Journey in Brazil, Boston 1860, vestida para o francês, depois Escreveu Conservações cientificas sobre o Amazonas feitas no colégio D Pedro II, Rio, 1866, com 71 paginas. Charles Frederick Hartt tratou das questões geográficas e geológicas, escrevendo Geology and Physical Gerography of Brazil , Boston, 1870.
Emilio Augusto Goeldi(1859-1917), nascido em Ennethbuehl, perto de Sennwald, no cantão São Gal, estudou em jena, Lipsia e Berlim. Em 1884 veio para o Brasil para trabalhar no Museu nacional do Rio de Janeiro e dez anos depois estava na direção do Museu Estadual de Belém do Pará. Museu que em 1904 passou a ter seu próprio nome. Contribuiu com seus mapas para as soluções de nossos problemas de fronteira Com outros teutos suíços como Jacó Huber Gottfrid Hagemann e C. Tchuemperli, fez expedições em quase todo o vale amazônico Em 1907 Goeldi voltou para a suíça e foi substituído por Jacó Huber, na direção do Museu.
Huber nasceu em 1867 em Schleitheim, no cantão de Schaffhausen, veio em 1895 para o Brasil a pedido de Goeldi para organizar o jardim botânico e o campo experimental do Museu do Pará. E de 1898 a 1904 fez varias viagens pelo interior amazônico,estudando a flora local.
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