Médico.
Nasceu em Maués, AM, em 9 de janeiro de 1869, filho do capitão Rodrigo José Coelho de Miranda Leão e Olímpia Monteiro da Costa Leão. Casou-se com Luzia Valente de Miranda Leão, com quem teve os filhos Geraldo e João, este que curous Medicina na Bahia.
Tendo ficado órfão ainda bem jovem, passou a trabalhar em atividades comerciais, tendo sido guarda-livros no rio Madeira para atender aos negócios do coronel José Gentil Monteiro da Costa. Deslocou-se para manaus e Belém, seguidamente, e depois para o Ceará ondee concluiu estudos que lhe permitiram ser professor e sobreviver dessa atividade. Deois oinmiciou o curso de medicina, na Bahia, mas se transferiu para o Rio de Janeiro em cuja cidde concluiu a formação em medicina, ingressando na Santa Casa de Misericórdia.
Anos mais tarde, retorniuy a Manaus exercendo cargos públicos na area de sanitarismo e saude, inclusive com Alfredo da Matta e Dr Thomas, em diversos surtos de febre amarela e outras doenças t[ipicas da região, naquela época.
Foi um dos fundadores da Sociedade de Medicina e Cirurgia, na qual foi vice-presidente; integrou o grupo de fundação do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), foi médico do Hospital da Santa Casa de Misericórdia e da Beneficente Portuguesa, atuou no Clube da Seringueira e um dos iniciadores da Sociedade Amazonense de Agricultura, com a qual procuravam reanimar a comercialização da borracha extraida dos seringais amazonenses.
Foi Membro da Convenção do Partido Republicano Amazonense e Diretor do Serviço Sanitário do Estado enfrentando a “gripe de 1918”, usando a flora regional. Foi Intendente e Superintendente de Manaus.
Publicou vários trabalhos, dentre os quais: Secções cirúrgicas dos tendões e suas aplicações – Tese apresentada à Faculdade de Medicina do Rio, 1899; Profilaxia da ancilostomose e tricocefalose em Manaus – 1914; Seringais plantados no Município de Maués – Seringueira n.° 2 – 1916; Devemos plantar seringueiras no Amazonas? – Seringueira n.°1 – 1916; A farinha de mandioca Seringueira nos 3,4,5,6,7 – 1916; Água filtrada Seringueira nos 9 e 10 – 1917; A Içaubas (atta columbica) Seringueira n.° 8 – Distancia entre seringueiras plantadas Seringueira n. 9 e 10 – 1917; O pão de milho e trigo Seringueira n.11 – 1917; A farinha alimentícia de papilionáceas e de cereais, Seringueira n.°14 – 1917; Avisos sobre higiene – Manaus – 1918; A gripe por influenza – Amazonas – Médico n.°5 – 1919; Noção de profilaxia da varíola – Imprensa Off. – 1919; Profilaxia do tifo exantemático (avulsos) – 1919; Tratamento de gripe Imprensa Off. – 1919.
Faleceu em Manaus, a 26 de junho de 1920, à tarde, por suicídio (16:30).
Deixou carta sucinta, entregue à Polícia: “Nenhuma responsabilidade existe sob pessoa estranha. É ato puramente meu”. Tomara morfina, minuto antes. Morreu na Santa Casa, depois de atendido de urgência por Vivaldo Lima. Enterrado às 9 horas de 27 de junho de 1920, com 53 anos.
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