Nasceu a 6 de abril, e era filho de Paulino José de Mendonça Lima e Rosa Mendonça de Lima. Medico clinico, trabalhou em Manaus, Porto Velho, Presidente Marques, no norte de Mato Grosso, e Parintins, no Amazonas. Era irmao de Julia de Mendonça lima Pires e Leocádia de Mendonmça Lima,
Sua mãe, Rosa, faleceu em manaus, em 30 de dezembro de 1911.
Foi escritor, conferencista, poeta. Membro fundador da Academia Amazonense de Letras. Seu irmão João Mendonça Lima, foi morto em 4 de agosto de 1917, aos 22 anos. Viajou para Porto Velho em 07 de julho de 1920 no vapor “Madeira Momaré”, às 17 hs, ocasião em que foi elogiado pela imprensa amazonense, pela cultura e conferência proferida.
Em Porto Velho realizou conferência a 14 de julho na Associação Instrutiva, Recreativa e Beneficiente, comemorando a Queda da Bastilha.
No Ideal Club, em Manaus, proferiu conferência a 15 de outubro de 1917, sobre o tema: “O valor real do povo alemão. A Alemanha pela guerra; sua situação em face do moral da medicina. A paz universal”, que foi noticiada pelo jornal Alto Madeira, ano 1, nº 50, de 4 de novembro de 1917, e pelo O Tempo, Manaus, de 16 de outubro de 1917.
Viajou para porto Velho, em 7 de julho de 1920, no vapor Madeira Mamoré, sendo elogiado pela impmresa de Manaus , jornal “Amazonas” pela cultua e pela conferência que proferira recentemente.
Alice
Alice foi para a corva,
Cheia de rosa e jasmim
Tão enfeitada, bem nova,
Vestida em fino cetim,
Alice foi para a cova.
Alice tão inocente
Tão ditosa e pequenina
Já descantou essa trova
Essa tão bela menina…
Alice foi para a corva.
Mas, que cova essa tão boa,
De boas tantas carícias!
Debaixo de um branco véu
Gozando ternas delicias,
Alice foi para o céu.
Alpha, ano 1, nº 2, Manaus, 1903.
Ceguinha
Tal ceguinha pedia tão baixinho
Uma esmola a quem ali passava;
Sentada triste à beira de um caminho,
Ninguém ao menos duro pão lhe dava.
De repente aparece um belo anjinho,
Que chegando à ceguinha que chorava
Tirou de dentro de um azul saquinho,
A pequena esmola que brilhava.
Ela aceitou, e, em prantos agradece,
A esmola que lhe fora tão bem dada
Da criança que à dor se compadece.
E, sem vê-la, em ternura, ela coitada!
Orava alegre esta formosa prece:
Sê bem-vinda, criança muito amada!
Alpha, ano 1, nº 1, 1903, Edição especial comemorativa do 13 de maio de 1888, Manaus, órgão da Sociedade Literária. Éster Clautina Romeiros do Porvir.
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