Em 4 de de 1719, foi lembrada a conveniência de mudar a Fortaleza de São José do Rio Negro para o sítio chamado Furo do Jaupery, em virtude de não mais satisfazer a manutenção da soberania lusitana no rio Negro. O Capitão-General Bernardo Pereira de Berredo, Governador das Capitanias do Maranhão e Grão-Pará, solicitou à Sua Magestade providências para mudança do Forte do São José do Rio Negro para outro sítio, onde pudesse satisfazer melhor as finalidades, já que àquela altura os holandeses da Guiana, procuravam a colaboração dos gentios da região penetrando no Rio Branco e ameaçavam alcançar o Rio Negro.
Para o Governador o lugar mais extratégico para edificr o forte seria o furo do Jaupery, por onde não fugiriam os estrangeiros que ousassem avançar rio abaixo. O Conselho Ultramarino, depois de examinar o plano, aprovou a proposta em 8 de julho do mesmo ano. D. João V, por Carta Régia de 10 de outubro de 1720, ordenou a mudança desejada. No ano seguinte, o Capitão do Forte, Diogo Roiz Pereira, requeria a nomeação para o Comando da nova Praça, tendo sido mandado ouvir o Governador Berredo.
A maioria dos pesquisadores do assunto desconhece a razão porque a mudança não foi efetivada.
Em 1784, quando da viagem empreendida do Pará ao Rio Negro, a minuciosa descrição da viagem permite anotarmos que a Barra, em 16 de fevereiro tinha uma fortaleza já em fase de destruição, mas lá estava a igrejinha, simples, referida rapidamente. Disse o relatório, “a Fortaleza do Rio Negro é situada em um morro de terra misturada com algumas pedras, bem elevada do rio, mas esta bastantemente demolida, e não tem peça nenhuma, o comandante era um Cadete do regimento de Macapá, Antônio José e 7 soldados; tem muitas coradas de casas; assim estivessem arruadas: a Freguesia ainda não estava acabada, tinha só um Altar, e o seu Orago era Nossa Senhora da Conceição. ( Doc. 9710 A Reis). Doc. N I 32,21,7 N 19 390 do CEHB, Biblioteca Nacional.
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