Frederico José de Sant’Anna Nery era filho do major Silvério José Nery e Maria Antonia Nery, irmão de Ângela Nery, nasceu em Belém do Pará em 1848 e aos sete anos, seguiu para o Amazonas onde estudou até 1862. Em 1867 formou-se em letras na França, em 1869 seguiu para a Itália formando-se em 1870 em Direito, pela Universidade de Pádua, com 22 anos de idade. Em 1871, através do dr Alfredo Macedo conheceu o Ministro o Brasil na Suíça, Conde de Vileneuve, que lhe concedeu a correspondência do Jornal do comercio do Rio de Janeiro em Roma.
Colaborou então no jornal Republique Française, sob a direção de Leon Gambetta e o barão foi então correspondente do jornal Pátria, de Genebra,a do cardeal Carteret. Em 1872 combateu, em jornal, a infalibilidade do Papa, ate março de 1873. Em 1874 fixou residência em paris iniciou a escrever coluna regular no Jornal do Comercio do Rio de Janeiro. Em 1878 participou em paris do congresso Literário Internacional e tentou a fundação da Associação Internacional dos Jornalistas, sendo eleito membro da Comissão Executiva Ada Associação Literária Internacional e sócio Honorário da Societê dês Gens de Lettres de França. Em 1879 participou, em Londres, do Congresso Literta´rio Internacional e, em PaRIS,no mesmo ano , foi eleito vice-presidente da Associação Literária Internacional e nomeado pelo governo Julio Ferry, por proposta de Edmond About, oficial da Academia Francesa. Em 1880 realizou o primeiro banquete patriótico da independecnai do Brasil, em paris e fundou a Sociedade de Beneficicendia Brasileira e no ano sgujnte um jornal brasileiro do qual foi o redator-chefe. Em 1882 de retorno ao Brasil, foi homenageado por D Opedro II como Oficial da Ordem da Rosa.
De sua vida na imprensa colaborou ainda nos jornais Liberta e Journal de Roma, de Roma, Patrie de Genebra, L Opinion , Lê Figaro, de Paris, Society, de Londres
De volta para paris foi nomeado membro da Sociedade dos Homens de Letras e Cavaleiro da Legião de Honra
Seu pai era filho de Marcellino José Nery e Maria Magdalena dos Prazeres, sendo seus avós Silvério José Nery e Benedicta de Figueiredo e Estevam de Moraes e Josefina do Nascimento Cunha, todos nascidos no Pará. Casou-se em 22 de julho de 1857 com Dona Maria Antony que era filha de Mario Leonardo e Maria Loureiro, nascidos no Amazonas. Seus irmãos, nascidos do casamento com Maria Antony Nery, eram : Silvério José, Antonio Constantino,Raimundo Augustinho, Luiz, Marcio Filafiano, Rosa Benedita, Henrique, João, Atílio Cândido, Abílio Damazo.
Os primeiros estudos veio fazer em Manaus no Seminário São José e em 1862, por volta dos seus 14 anos de idade esteve integrado à comitiva do Dom Antonio de Macedo Costa, bispo do Pará, quando aquele religioso visitou os rincões amazonenses,
Confirmadas as afirmações e estudou em Manaus deve ter sido por volta de 1856 a 1862. No período as escolas primárias eram separadas pelo sexo, sendo que nas masculinas somavam em média em torno de 450 alunos. Em 1862 eram 406 estudantes masculinos e 56 femininos. A Instrução secundária era ministrados nas cadeiras de língua francesa, aritmética, álgebra e geometria, filosofia racional e moral, latim, retórica e musica, tudo sendo reformado em 1865 quando passamos a ter gramática nacional, aartimetica, teoria e pratica, língua francesa, geografia e historia principalmente do Brasil , filosofia racional e moral.
No curso primário deve ter sido aluno do padre João Antonio da Silva, nomeado para o cargo em 31 de agosto de 1855, com 58 alunos e na instrução secundária de Antonio Jpsé Moreira, Padre Antônio Tavares Dornelçlas, José Pedro Pareaguassu, Padre Romualdo Gonçalves de Azevedo e Francisco da Silva Galvão. O diretor da Instrução era o cônego Azevedo e interinamente, em seus impedimentos o padre Romualdo Gonaçleves de Azevedo.
Os indiacodres da época ( 1852-1868, indicavam que tínhamos uma população na ordem de 42 a 45 mil almas, sendo um matriculado por cinco habitantes, quando na França era 1 para 11. , na Prússia, 1 para 6
O Seminário São José era custeado pelos cofres públicos, basicamente e no período em que deve ter estudado Santa Nery, -1856 a 1862- manteve-se em 12 alunos, seguidamente.
Junto coim outros cinco seminaristas deslociu-se em 1862 para estudar no Seminário Episcopal do Pará, porque a situação do nosso seminário era estagnada Com auxilio prestados pelos cof4res públicos, na ordem de 800$000 contos, quatro jovens da província do Amazonas forram estudar na Europa, ciências eclesiásticas. A Lei 135, de 31 de julho de 1865 elevou a ajuda financeira para 2:500$000 contos e o numero de estudantes para cinco., pagas ao prelado diocesano, em prestações semestrais. A seguir, todas as leis da província mantinham a verba de ajuda para os estudantes na Europa.
Em 17 de janeiro de 1869 o quadro não era o mesmo, conforme relatório do prelado ca5olico no Amazonas. Dois não manifestaram vocação e nenhum aproveitamento nos estudos e retornaram, o terceiro voltou por questões de saúde, sem suportar os invernos e ficou estudando em Manaus e dois continuavam em França” um com boa aplicação , ainda que com módico aproveitamento no Seminário de Sables D’Olone, o outro excelente aluno que depois de ter recebidocom muita distinção o bacharelado em letras pela Universidade de Paris, está se aplicando á teologia no seminário de S. Suplicio.
Inicou-se então uma analise da aplicação dos recursos públicos do Amazonas, à vista de que osseminaristas, em numero de 3o então na Europa, só dois eram do Amazonas. Dom Antonio Macedo Costa pedia a atenção do presidente da província para manter ops recursos com outros estudantes, paraenses, no caso, comprometendo-se a depois dar pelo menos cinco padres para o Alto Amazonas.
Em agosto de 1869 dom Macedo fez nova visita ao A azozonas, daqui seguindo para Roma. Aonde chegou a 30 de novembro.
Depois seguiu para paris, indo cursar o seminário de Saint Súplice, recebendo as ordens menores, mas logo depois abandonando a carreira eclesiástica que se desenhava em sua vida. Em paris formou-se bacharel em Letras em 1867 e depois bacharel em Ciências , seguindo para a Itália onde se doutorou em Direito pela Universidade de Roma. Em 1874 ficou residência em paris.
Foi correspondente da Republique Française, membro do grupo de fundação e vice-presidente da Associação Literária Internacional, instituição que representou no Congresso Internacional de Londres de 1897.
Membro da Sociedade de Homens de Letras e Oficial da Academia da França, sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, comendador da Ordem de cristo de Portugal em razão da sua atuação nos festejos do tricentenário de Camões, em paris, Oficial da Ordem da Rosa, Cavaleiro da legião de Honra da França.
No período da guerra do Paraguai escreveu na imprensa diária artigos em defesa do Brasil. O titulo teria decorrido da defesa que fez da igreja católica e fora concedido pelo papa Leão XIII. Publicou, na mesma ocasião, Lês Finances Pontificales, ( par um catholique), Florença 1871 e Le Prisonnier du vatican, Roma, 1873.
Escreveu Folk Loren Brasilien, com prefacio do Príncipe Roland Bonaparte, sobrinho-neto de Napoleão, estudioso da etnografia.
Com Eduardo Prado defendeu a participação do Brasil na Exposição Universal de Paris, de 1889, sendo membro do Comitê Franco-Brasileiro, coordenando um programa vitoriosos de edições de livros. Foi diretor do periódico Lamerique, conforme comunicou a Ruy em carta de 16 de novembro de 1889, e era correspondente de jornais de Paris, conforme carta a Ruy de 15 de dezembro de 1889., L Evenement e Echo de Paris, e dos jornais italianos La Tribuna , de Roma e II Século, de Milão.
Esteve em Lisboa quando da passagem de D Pedro II, na viagem para o exílio.
De 1874 a 1882 colaborou no Jornal do Comercio do Rio de Janeiro, na coluna Ver, Ouvir e Contar.,possivelmente com o pseudônimo de Mr Durand..
Foi uma coluna que muito impressionou Araripe Junior, conforme comentários feitos em artigo pela imprensa, reunido na obra Obra Critica de Araripe Junior.