1.Nome do Município: Parintins
2.Data da fundação: 1796
3.Localização: Ilha Tupinambarana
4.Área do Município: 3.646 Km2
5.Altitude: 15 metros do nível do mar
6.Temperatura: Máxima: 38º – Mínima: 21,3º
7.Nº de habitantes: 55.000
População urbana: 35.000 habitantes
População rural: 20.000 habitantes
8.Nº de Distrito: 08
9.Nº de povoados: 83
10. Nº de vilas: 01 (Vila Amazônia)
11. Produção econômica básica: Juta – pecuária – indústria de fiação e tecelagem de fibra de juta.
12. Nº de ruas e avenidas: 90 ruas – 04 avenidas
13. Meios de Comunicação: Rádio, Correios e Telégrafos, EMBRATEL, Telefone – sistema DDD e DDI, jornais.
14. Meios de Transporte: Aéreo e fluvial (aviões Bandeirantes, e barcos a motor)
15. Instituições ou órgãos:
Federais: SUCAM, IBDF, F. SESP, RECEITA FEDERAL, IBGF, FUNRURAL, CEF, INAMPS, MOBRAL, CAMPUS AVANÇADOS DA UERJ, SUDEPE, MEB, PROMUNICÍPIO, EMBRATEL, PORTOBRÁS, SIMA, FENAME, DELEGACIA DO TRABALHO, JUNTA DO TRABALHO, FEBEN/FUNABEN, CIBRAZEM.
Estaduais: SEPROR, SUFRAMA, EXATORIA ESTADUAL, IPASEA, EMATER, CODEAGRO, CELETRAMAZON, UNIDADE EDUCACIONAL, JUNTA COMERCIAL, TELAMAZON.
Municipais: SAAE, SEM, Sindicatos Patronais e de Empregados, Partidos Políticos, Câmara Municipal, Associação Comercial, Cooperativa, Associação dos Motoristas, Junta Militar, Delegacia do Serviço Militar, Colégio Particular, Prelazia, Seminário, Delegacia de Política – 2º BPM, CCE.
16. Bancos: 04 Agências: Banco do Brasil S.A.; Banco do Estado do Amazonas S.A.; Banco da Amazônia S.A. (PIONEIRA) BRADESCO.
17. Indústrias: Cia Fabril de Juta (fabricação de telas, fios e sacos de fibras de juta), Brasmentol-Caçapava S/A e SARAÚJO, (prensas de fibras de juta em fardos), Fábrica de Refrigerantes, Usinas de Beneficiamento de óleo essenciais (pau rosa), Fábrica de Móveis, Metalúrgica (esquadrias), Olarias.
18. Nº de Escolas: 113
1º Grau: 111
sede: 13
zona rural: 98
2º Grau: 02 (sede)
19. Meios de Recreação:
Cinemas: 03
Teatro: 01 – Cine Teatro da Paz
Esporte: 05 quadras de esportes (futebol de salão, futebol de campo voleibol, basquetebol. Um estádio com capacidade para 8.000 pessoas de propriedade da Liga Desportiva de Parintins).
Comissão Central de Esporte (Municipal)
Boites: 02
Clubes Sociais: 02
Rádio: Rádio Alvorada de Parintins – com ondas médias e tropicais
Televisão: 02 estações repetidoras – TV Ajuricaba e TV Amazonas
Parque Infantil: Um parque Municipal
Outros: 07 clubes esportivos de futebol
20. Breve Histórico da Cidade:
A cidade de Parintins foi fundada em 1.796 pelo Capitão de Milícias José Pedro Cordovil. Foi elevada a categoria de Município, em 1852 e a de cidade pela Lei nº 499 de 30 de outubro de 1880 cujo projeto foi do Deputado provincial Emílio José Moreira. O nome de PARINTINS foi em homenagem aos índios PARINTINTINS que antes habitavam a ilha onde está localizada a cidade.
21. Bens Patrimoniais:
a) Igrejas: Catedral Nossa Senhora do Carmo (o maior templo católico da Amazônia), Sagrado Coração de Jesus, São Benedito, São José Operário, Nossa Senhora de Lourdes, Santa Clara.
b) Monumentos e marcos históricos: Ruínas do Colégio Jesuíta no Lugar Tauaquera ou Tanaquara (lugar de meditação… solidão) no Rio Uaicurapá; capela; casa residencial em estilo lusitano e pagoge japonês na Vila Amazônia, antigo núcleo comercial e agrícola da época da emigração japonesa.
c) Bibliotecas, museus, arquivos municipais, jardins, zoológicos: Duas bibliotecas (sendo uma do Município e outra do Colégio Nossa Senhora do Carmo)
d) Prefeitura: Palácio Cordovil
e) Coretos, praças públicas, praias ou locais turísticos: 05 praças, sendo a Praça Eduardo Ribeiro a mais bonita, com coreto, caramachão, plantas ornamentais e área verde. 01 coreto. Praias: Tanaquera, Varre Vento e Santa Luzia no Rio Uaicurapá distante da sede 25 km. Balneário municipal da Cristina distante do centro da cidade 4 km.
22. Características do município (arte, artesanato, folclore, festas e folguedos etc)
instrumentos típicos: gambá, jupati e caracachá, chocalho ou maracá, maracá do silêncio dos Saterés.
Corais: 01 mini-coral da Igreja Batista
Conjuntos: 01 conjunto de música popular
Grupos teatrais: NUTEPIN – Núcleo Teatral de Parintins
b) artesanato (utensílios domésticos decorativos)
talhado
gravado
pintado: anéis, pulseiras, colares de caroços e bagas
tecido: cestas, paneiros, maracás, tipitis
modelado: panelas, alguidares, vasos
ferramentas utilizadas: facas, canivetes, raspadeiras
material usado: madeira, palha cipó, argila, sementes, osso, dentes de animais
tintas ou corantes empregados: cumatê, urucu
cores utilizadas ou predominantes: vermelho e preto
produção e mercado: zona rural principalmente Rio Andirá. Parintins (mercado)
nome, idade e endereço do artesão: índios da reserva de Ponta Alegre no Rio Andirá, caboclo das comunidades de Parintins.
c) Folclore:
O folclore tem nas brincadeiras do Boi Bumbá a sua maior atração. Em seguida vem as quadrilhas e danças de pássaros e a dança da Tocandeira ou Tocandira. As pastorinhas também fazem parte do folclore; são festejadas no mês de dezembro em homenagem ao Natal.
O canto do Boi Bumbá é em ritmo afro-brasileiro, uma mistura de carimbo e samba, cateretê e marcha. A história do boi e seu “amo”, sua vitórias… o progresso de Parintins, os costumes de sua gente… tudo é contado em versos. A figura do Pai Francisco e Mãe Catirina aparece em lances cômicos principalmente na hora da matança do boi. O folclore do boi bumbá é uma festa a parte. É talvez a maior festa desse gênero em todo o Brasil. Existem em Parintins 02 bumbás famosos e tradicionais: o GARANTIDO e o CAPRICHOSO que atravessam mais de cinqüenta anos de existência, passando de pai a filho a brincadeira. Ambos têm suas bandeiras e seus brasões. A cor do GARANTIDO é o vermelho e do CAPRICHOSO é o azul. A preferência do público é dividida entre os dois bumbas e no dia do julgamento do melhor do festival a cidade toda se movimenta o dia todo até a madrugada. Cada um prima melhor apresentação de seus brincantes que dividem-se em: vaqueiros, índios, cantadores, ritmistas, passistas, “botadores” de versos, rainha da fazenda, princesa, Pai Francisco, Catirina, Dona Aurora, Bicho Folharal e outras figuras folclóricas; o “amo”, dono do bumbá é a figura central e caminha entre os brincantes acompanhado por uma guarda de honra; “bota” versos desafiando o “boi contrário” e responde aos desafios. São 1.200 figurantes em cada bumbá, numa festa de música e colorido que impressiona e alegra o visitante. A riqueza de suas vestimentas e principalmente o aprimoramento dos trajes indígenas admira sobremaneira os turistas. A batucada em ritmo cadenciado lembra as escola de samba do Rio de Janeiro.
As quadrilhas são danças nordestinas trazidas para cá pela emigração nordestina para o Amazonas.
Os cordões de pássaros têm suas figuras criadas pelo “amo” e seus cantos são em versos ou chulas falando geralmente dos mistérios das florestas. A figura do caçador malvado aparece sempre, bem como a dos pagés ou curadores que sempre ressuscitam os pássaros.
As pastorinhas, oriundas também no Nordeste onde são denominadas lapinhas, são festas do mês de dezembro e seus figurantes são vários como: pastoras, cigana, galego, florista, rosa, açucena, abelha, rainha das flores, Diana, campina, camponesa, samaritana, borboleta, saluia, pastora perdida, o anjo, o pastor, lua, estrelas e outros.
A dança da Tocandeira é a dança do ritual pré-nupcial dos índios Saterés da Reserva do Rio Andirá, onde o índio que deseja casar é submetido a ferroadas da vespa Tocandira.
As lendas giram em torno da Curupira, indiozinho que gosta de cachaça e se diverte fazendo com que os caçadores percam o rumo nas matas, ficando doidos. O Mapinguari, misto de homem e monstro cabeludo que rasteja pelo chão e se alimenta pelas axilas; dá gritos terríveis dentro das matas, principalmente quando sente cheiro de carne humana. O “boto vermelho” que se transforma em um elegante cavalheiro e nas festas do interior seduz as donzelas com as quais coabita. O juma, índio de compleição forte que anda sempre armado com um cacete de jacarandá utilizado para caçar e se defender; possue pés enormes com os quais inclusive defende-se da chuva. A cobra grande ou boiúna que assusta os pescadores e navegantes com um foco de luz emitido de seus olhos.
Agrícola e pecuária
Alimentação (pratos típicos) A alimentação é a base de carne, aves e peixe. O prato típico é a caldeirada de tambaqui e as mojicas de peixe.
d) Festas:
Santo padroeiro, espírito santo, outras: A padroeira é Nossa Senhora do Carmo festejada no mês de julho, no período de 06 a 16, sendo a maior festa religiosa depois da festa de Nazaré na Capital paraense. Reúne romeiros de todo o Município e municípios vizinhos tanto do Estado do Amazonas como do vizinho Estado do Pará; turistas de Manaus e Belém e ultimamente do sul do país.
Como são realizadas: círio, procissão e festas de quermesse no arraial situado na Praça da Catedral, onde são encontrados jogos, diversões, bazares e guloseimas regionais.
e) datas importantes:
nacionais
locais: 16 de julho em honra à padroeira
14 de maio dia da sagração do 1º bispo
15 de outubro elevação de Parintins a Município.
22. Outros dados:
a) Maior edifício da cidade: Colégio Nossa Senhora do Carmo com 2 andares
b) Nome do atual Prefeito: Raimundo Reis Ferreira
c) Número de eleitores: 18 mil
d) Receita do Município – ano/1980: 36 milhões
e) Hotéis: 04 melhor – Hotel Jóia
f) Restaurantes: 6 melhor Restaurante Regina
g) Escola de Nível Superior: Licenciatura curta, ministrada pela UERJ
h) Intelectuais da cidade: Antônio Pacífico Siqueira Saunier, D. Arcângelo Cérqua, Pastor Eduardo Lessa.
i) Livraria: 4 inclusive FENAME
j) Super Mercados: 4, sendo 1 da COBAL
l) Hospitais: 2 com capacidade para 80 leitos. Nº de médicos 8
m) Ruas pavimentadas: 14 em concreto e 20 em asfalto
n) Nº de bairros: 7 bairros
o) Sanatório: Há uma casa de recuperação de tuberculosos, mantido pela Prefeitura.
p) Alimentação: A população se alimenta basicamente de peixe e carne bovina. Há com fartura e a preço relativamente baixos.
q) População economicamente ativa em 1979: 28 mil pessoas
r) Energia: gerada por uma termoelétrica da Celetramazon. O sistema é constituído por 06 unidades geradoras que atuam alternadamente 24 horas/dia, com potencia de 5.828 KVA. O atual potencial atende perfeitamente a demanda local.
s) Parintins é considerada a segunda cidade do Estado. Possui, inclusive o maior índice de escolaridade do interior amazonense.
t) Setor primário: O Município de Parintins, dotado de terras férteis e agricultáveis, viveu durante muitos anos da monocultura da juta, que é ainda um dos sustentáculos da economia municipal, ao lado da bovinocultura de corte e industrialização da fibra de juta e malva. Com os prejuízos causados pelas últimas grandes enchentes do Rio Amazonas e em face do preço pouco compensador desse produto, os agricultores do Município estão, porém, abandonando a juta (sua produção decresceu de 12 para 6 mil toneladas anuais) e procurando novas opções na agricultura, especialmente em terras firmes, as quais não ficam sujeitas às periódicas inundações na subida das águas. Assim é que hoje o município vive novos tempos em termos de agricultura com o surgimento de culturas permanentes como guaraná, seringa e cacau, apoiado pela presença de órgãos e programas governamentais, bem como por um cooperativismo forte, créditos bancários mais fáceis, titulação de terras a cargo da Prefeitura e por uma política municipal voltada essencialmente para a fixação do homem ao campo. Ressalte-se que Parintins, em tempos passados, foi um dos grandes produtores de cacau cultivado em suas ricas várzeas, riqueza esta infelizmente desaparecida e destruída pelas grandes e constantes enchentes do Rio Amazonas.
É animador e promissor, portanto, o novo quadro da agricultura. Acredita-se que Parintins, por ser pólo econômico da região e por dispor hoje de boa estrutura de apoio ao setor primário, deverá em pouco tempo ser um dos grandes produtores de guaraná, seringa e cacau, com o aproveitamento racional de suas terras firmes, onde até há alguns anos só se produzia geralmente culturas de ciclo curto e de subsistência.
Quanto às nossas várzeas, elas são ricas e de grande potencialidade econômica, mas até hoje só usadas empiricamente. Observa-se, contudo, que alguns produtores já começam a adquirir máquinas agrícolas e fazer novos experimentos nas várzeas que poderão e deverão ser utilizadas simultaneamente com as terras firmes, onde a colonização hoje é uma verdade, ao lado de uma experiência de combate ao êxodo rural, que está sendo levada a efeito pela administração atual do município. Essa experiência consiste na criação de pequenos núcleos urbanos (agrovillas) na área rural, para onde se pretende levar todos os benefícios elementares de progresso, inclusive ginásio agrícola. Em suas proximidades estão sendo formadas colônias agrícolas voltadas para a realidade e vocação do seu ambiente.
Parintins, 15 de agosto de 1980
RAIMUNDO REIS FERREIRA
Prefeito de Parintins
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